Não existe receita para o sucesso, mas alguns ingredientes são fundamentais para uma novela não desandar. A estreia mostrou que “Escrito nas estrelas”  tem os principais deles. Uma história de amor impossível, ajudada pela escolha certeira de Nathalia Dill e Jayme Matarazzo nos papéis principais da trama de Elizabeth Jhin.
Umas boas pitadas de humor, garantidas pelas presenças de Zezé Polessa e Débora Falabella, como uma mãe e uma filha golpistas — aliás, Débora precisava de uma personagem assim para tirar da mesmice sua carreira na TV nos últimos anos. Ficou evidente, mesmo com poucos minutos em cena, que Jandira Martini também promete fazer rir na pele de sua vidente com charme de picareta. Personagem inspirada na personagem de Whoppi Goldberg em “Ghost”.
Uma boa novela também se faz com bons ganchos (Manoel Carlos nem sempre, infelizmente, os usa em “Viver a vida”). A cena final, com o impressionante acidente de Daniel, personagem de Jayme, deixou aquele gostinho de quero mais. Se não fosse pela preguiçosa abertura da equipe de Hans Donner (alguém depois podia explicar o que é aquela mulher voando?), seria um prato, ou melhor, uma estreia perfeita, que conseguiu 26 pontos de audiência, dois pontos a mais que “Cama de gato”.