Luciano Huck, à frente do "Caldeirão", na Rede Globo
Se o ano começa mesmo depois do Carnaval, pode-se dizer que Luciano Huck iniciou 2010 com o pé direito. Além de comemorar dez anos no ar como apresentador do “Caldeirão do Huck”, no dia 6 de março, ele estreia a quarta edição do “Soletrando”, concurso que reúne estudantes de todo o Brasil para testar conhecimentos da língua portuguesa. “Sou muito orgulhoso do ‘Soletrando’ no ‘Caldeirão’. Acho que o quadro levantou uma bandeira interessante na molecada, que por causa dele passou a prestar mais atenção na língua portuguesa”, orgulha-se Huck, enchendo a bola da disputa, que, desta vez, promete ser ainda mais dinâmica.
“É o quarto ano do quadro. Então temos mais experiência, não só da parte das seletivas estaduais, como do palco propriamente dito”, avalia. Ao contrário das três primeiras edições, dessa vez um único programa vai concentrar a exibição de todas as eliminatórias. Nesse dia serão conhecidos os 9 semifinalistas do grupo de 27 estudantes –cada um representando um estado brasileiro. Quem acertar, volta à disputa até que restem apenas 9 semifinalistas. “O ‘Soletrando’ fica só um mês no ar. Mas para isso acontecer, são dez meses de uma produção cuidadosa. O ‘backstage’ do quadro é tão interessante quanto o que vai ao ar”, valoriza o apresentador.
Esta quarta edição –que está prevista para durar cinco semanas, com uma eliminatória, três semifinais e a fina– contará na mesa de jurados com o professor Sérgio Nogueira e com a escritora infanto-juvenil Thalita Rebouças. Autora da série de livros “Fala Sério”, ela atualmente também dá expediente como repórter do “Video Show”. “A Thalita tem tudo a ver com o ‘target’ do programa. Sem falar que ela tem mais de 500 mil livros vendidos”, elogia Luciano, lembrando que, mais uma vez, o vencedor do “Soletrando” 2010 vai abocanhar uma bolsa de R$ 100 mil, que será administrada pela família do estudante.
Para você, desde que o “Soletrando” estreou, em 2007, qual foi a edição mais marcante?
Cada ano tem um sabor diferente. Todos os vencedores, três até agora, são completamente diferentes em relação ao jeito, à classe social, ao estado em que moram. Então, todo ano é uma surpresa. Como não são os mesmos times –isso vai variando, fora os bicampeões e tricampeões–, cada ano é diferente. E depois que o quadro acaba, acompanho os vencedores pela Internet. Uns acompanho mais, outros menos…
Este ano, a escritora Thalita Rebouças vai ser jurada ao lado do Sérgio Nogueira. Por que ela?
Até hoje, tivemos três importantes colaboradores no “Soletrando”: no primeiro ano, foi o Tony Bellotto; no segundo, o Gabriel, O Pensador; e, no ano passado, a Sandy. Nesta edição, temos a Thalita, que é uma escritora infanto-juvenil conhecidíssima no país. Acho que esses convidados dão um lado “pop” ao quadro e mostram que o público pode se divertir com a língua portuguesa. Eles mostram que ele pode usar o Português de várias maneiras diferentes. Pode ser um roteirista e músico como o Tony, um autor e cantor como o Gabriel, pode fazer faculdade de Letras e ser uma intérprete como a Sandy, pode escrever livos como a Thalita.
O “Caldeirão” tem quadros para a família inteira, como o “Soletrando”. O que você faz para agradar a esse público tão heterogêneo?
Eu acho que o sábado à tarde é um dia em que a gente tem que ter paciência para contar história. Você tem que fazer as coisas com calma.
Ainda mais no programa, que passa em um horário que as pessoas estão em casa, depois do almoço, sentadas para assistir à tevê. Então a gente procura contar as histórias de uma maneira tranquila, sem ser frenética.
Por: Carla Neves
10.8 
7.9 
7.3 
2.1 
0.8 – Pico de 13.3 – 27.1% de participação
2.2 
1.6 – Pico de 19.1 – 32.9% de participação
