A polícia abriu inquérito para investigar o caso de um bebê que desapareceu, dentro da barriga da mãe, em Belém. Dois médicos dizem que a paciente nunca esteve grávida. Outros dois dizem exatamente o contrário.
Há dez dias Lana procurou a Santa Casa. Depois de examiná-la, um ginecologista indicou ''os batimentos cardíacos do feto'' e disse que o bebe estava sentado, na posição pélvica. Durante a cirurgia veio a surpresa. Não havia bebê nenhum. “Chamei o anestesista, a pediatra, a circulante de sala, paramentamos a mãe e mostramos in loco que não existia feto”, garante José Negrão Guimarães, obstetra.
A ultima ultrassonografia foi feita no mesmo laboratório que em janeiro, atestou que o feto apresentava movimentos respiratórios e batimentos cardíacos. A imagem destaca o fêmur e a cabeça do feto.
A médica que acompanhou o pré-natal de Lana até duas semanas antes da cirurgia não quis gravar entrevista, mas confirmou que a jovem estava grávida e manteve a afirmação no depoimento na delegacia.
O conselho regional de medicina pediu esclarecimentos aos hospitais e médicos envolvidos no caso.
Lana, que chegou a publicar fotos na internet mostrando a barriga, exige uma explicação. “Como se eu não tivesse grávida, como que eu poderia enganar a medica do pré-natal, a enfermeira do pré-natal, e o médico da Santa Casa? Que coração é esse que teria na minha barriga?”, questiona.
Em Aracaju, aconteceu um caso parecido de erro médico. Dona Natécia Menezes Nascimento, de 65 anos, é viúva e há muito tempo fez uma cirurgia para retirar o útero. Mesmo assim recebeu um exame médico dizendo que ela estava grávida de gêmeos.
