A televisão sempre foi um meio vaidoso. Apresentadores, artistas, jornalistas, comunicadores e assistentes de palco que aparecem diariamente na telinha são reconhecidos nas ruas, ganham fama, se transformam em exemplos para consumo e comportamento, aparecem em revistas, ganham cachês em eventos e movimentam muito dinheiro através de campanhas publicitárias. Os artistas mais jovens aproveitam a fama para muitas conquistas amorosas. Tudo isso mexe e muito com as pessoas. Alguns passam de todos os limites e com seus “estrelismos” se aproximam ou se afastam do público.Mas não pense que os vaidosos são apenas os conhecidos. Até mesmo quem vive nos bastidores das emissoras de televisão precisa controlar sua vaidade para não perder o caminho e colocar no chão uma carreira conquistada com muito suor. Diretores, coordenadores, produtores, executivos e assessores são obrigados a lidar diariamente com o monstro da vaidade que invade suas salas. Em alguns casos aparece o poder, outro fator para mexer com a cabeça desses profissionais. O pior é quando essas pessoas ganham mais espaço, conquistam novos cargos e usam erroneamente o poder concedido em suas carreiras.
É triste, mas isso acontece atualmente na televisão. Poder, vaidade, ciúmes e inveja se misturam em atitudes egoístas que prejudicam o trabalho de muitos outros, derrubam vidas e projetos. E sem pensar no futuro. Que profissionalismo é esse que não agrega?
Os vaidosos da televisão deveriam aprender com os mais velhos. Hebe Camargo, Lima Duarte, Inezita Barroso, Fernanda Montenegro são apenas alguns dos que sabem domar a vaidade natural do artista e encaram as luzes dos estúdios, o dinheiro e a fama apenas como consequências de um trabalho bem realizado. Os mais jovens, infelizmente, acreditam que o mundo começou na década passada.
Por: José Armando Vannucci
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