Pop Tevê: “Sou quase uma hipocondríaca”, diz Marisa Orth, que será uma ginecologista na TV

Marisa Orth não esperava, mas vai voltar ao ar bem antes do que imaginava. Há poucos meses, em dezembro do ano passado, quando se despediu da neurótica Rita, de “Toma Lá, Dá Cá”, ela achou que ficaria um bom tempo fora dos estúdios. Mas já retorna ao batente na noite de 4 de abril, em mais um papel cômico. Desta vez, porém, a personagem de Marisa vai mudar de ramo.
Em vez de trabalhar no setor imobiliário, o papel da atriz vai atuar como médica. Isso porque, no seriado humorístico “S.O.S. Emergência”, ela vai dar vida à ginecologista e obstetra Michele. “Gosto do universo médico. Sou quase uma hipocondríaca…”, diverte-se ela, garantindo que, apesar de a produção brincar com o dia a dia dos médicos, eles não vão ficar ofendidos. “A gente quer que, principalmente, a classe médica dê risada. Se eles rirem, a gente vai se considerar realizado”, torce.
De personalidade forte, Michele trabalha no fictício hospital Isaac Rosenberg. Lá, ela divide as queixas dos pacientes com uma equipe médica formada, entre outros, por especialistas como o cirurgião Wando, encarnado por Bruno Garcia; a clínica geral Veruska, papel de Maria Clara Gueiros; e o diretor médico do hospital, Dr. Solano, representado por Ney Latorraca. “O elenco está fantástico. O Maurinho tem um talento enorme para ‘casting’”, elogia ela, referindo-se a Mauro Mendonça Filho, diretor-geral do programa. Ao elogiar a escalação do diretor, contudo, Marisa não disfarça sua predileção por Ney Latorraca. “Ele é maravilhoso. É o mais engraçado de todo o elenco. É uma matriz de piadas.”
Para compor a médica, Marisa visitou o hospital Copa D’Or, no Rio. Afinal, ela recebeu do diretor-geral a instrução de que a trama seria realista, mas não real. Não é à toa que a atriz não se preocupou em fazer um laboratório detalhado com ginecologistas para representar a Michele o mais próximo da realidade. O mais importante, para ela, foi captar a rotina dos médicos, e não a maneira como eles executam cada procedimento. “Não assisti a um parto, por exemplo. Para quê? Para fazer comédia? Tenho um médico de verdade do meu lado que me ensina como segura um bebê. Às vezes tem até dublê de mão.”
Marisa conta que, apesar de ser fã dos seriados médicos americanos, como “House” e “E.R.”, não procurou assisti-los. Segundo ela, o humor americano é completamente diferente do brasileiro. E, desde que começou a ser escrito pela dupla de autores Marcius Melhem e Daniel Adjafre, o “S.O.S. Emergência” nunca teve esse propósito. “Temos muito a aprender com as séries americanas, que são sensacionais. Mas qual é o jeito da gente? Como vai ser isso? Vamos descobrir à medida que formos fazendo. Nossa meta é que as pessoas alternem gargalhadas com sorrisos. Que não necessariamente riam na hora, que riam depois, contando para uma amiga. A gente quer que tenha identificação”, torce.
Por: Carla Neves

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