Ministério Público pede prisão preventiva de procuradora

Aos prantos, menina do caso da procuradora não pôde ser atendida 

Tribunal de Justiça decidirá se vai aceitar ou não o pedido.
Procuradora aposentada é suspeita de maus-tratos a menina de 2 anos.

 O Ministério Público do Rio informou nesta terça-feira (4) que aceitou a denúncia proposta pela Polícia Civil e encaminhou à Justiça o pedido de prisão preventiva da procuradora aposentada Vera Lúcia Gomes, que é suspeita de maus-tratos a uma menina de 2 anos que estava em processo de adoção. O Tribunal de Justiça decidirá agora se vai ou não aceitar o pedido de prisão preventiva.
A procuradora foi indiciada na quinta-feira (29) pelos crimes de tortura qualificada e racismo. Segundo a delegada Monique Vidal, titular da 13ª DP (Copacabana), o laudo complementar pedido ao Instituto Médico Legal (IML) mostra que a criança sofreu multiplicidade de lesões, em dias diferentes, e por meio cruel. A procuradora, no entanto, nega as acusações.
Aos prantos, menina do caso da procuradora não pôde ser atendida (Foto: Marcelo Piu / Ag. O Globo)

O Ministério Público ofereceu a denúncia, com pedido de prisão, pelo crime de tortura. Segundo os promotores de Justiça, a procuradora submeteu a criança, que estava sob sua guarda provisória, “a intenso sofrimento físico e mental, agredindo-lhe de forma reiterada, como forma de aplicar-lhe castigo pessoal”. Ainda segundo o MP, a guarda provisória foi deferida em 15 de março deste ano.
Os promotores explicam que o pedido de prisão preventiva se justifica “devido à revolta social causada pelos fatos descritos, demandando, assim, que se restaure a ordem pública”. Além disso, segundo o MP, há nos autos referência à guarda irregular de outro menor deixado aos cuidados da denunciada por seus pais biológicos e por eles retomado em razão de maus-tratos e agressões.
“Considerando, portanto, as condições socioeconômicas da denunciada, tudo indica que, em liberdade, poderá reincidir neste comportamento”, informou o MP em nota.
Os promotores ressaltam, ainda, que, devido à condição econômica da procuradora aposentada, ela poderia, em liberdade, “transpor nossas fronteiras de forma escusa”.
O pedido foi encaminhado à 32ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça. Segundo a assessoria de imprensa do tribunal, o juiz responsável pela vara interinamente já está com o pedido de prisão da procuradora aposentada, mas ainda não há decisão.


Do G1, no Rio

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