PF faz operação contra quadrilha que fraudava Previdência Social

Depois de pelo menos dois anos de investigações, a Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (9), no Rio de Janeiro, a Operação Teníase, para desarticular uma quadrilha envolvida em fraudes contra a Previdência Social. Os agentes cumprem 33 mandados de prisão e 81 mandados de busca e apreensão.
Até o momento, 31 pessoas foram presas: 15 servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), oito advogados, dois servidores aposentados e seis despachantes. Todos os mandados de busca e apreensão já foram cumpridos, e R$ 40 mil foram apreendidos na casa de um único servidor do INSS.
As investigações apontaram que os envolvidos obtinham benefícios irregulares em agências da Previdência do bairro de Fátima, em Niterói, e de Itaboraí, ambas na região metropolitana, de Copacabana e do Cosme Velho, na zona sul da capital, e de Teresópolis, na região serrana. 
 
A apuração preliminar apontou ainda que os ilícitos geraram prejuízos de pelo menos R$ 7 milhões por mês. A operação está sendo realizada em conjunto com o MPF (Ministério Público Federal) e a Previdência Social.
 
Ao todo, 16 denúncias foram encaminhadas pelo MPF (Ministério Público Federal) contra 45 pessoas, entre servidores, ex-servidores, advogados e outros intermediários. Os mandados foram expedidos pelo juiz federal Vlamir Costa Magalhães, da 4ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
 
Os réus vão responder pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, inserção de dados falsos e estelionato e estarão sujeitos a penas que, somadas, podem alcançar mais de 30 anos.
 
Fraudes
De acordo com as denúncias, servidores recebiam propina em troca da concessão de benefícios previdenciários. Em alguns casos, os fraudadores simulavam o preenchimento dos requisitos para o deferimento da aposentadoriaa utilizando empresas de fachada .
 
As investigações resultaram em um relatório com mais de quinhentas páginas em que foram apontados 139 fatos criminosos. Mais de 1.000 benefícios foram verificados ao longo das investigações. As irregularidades envolviam benefícios como auxílio-doença e pensão por morte, dentre outros.
 
A operação
A PF destacou 281 policiais e 75 viaturas, além de 16 servidores do Ministério da Previdência Social, para cumprir os mandados de prisão e de busca e apreensão. O nome da operação é uma alusão à doença causada pela parasita Tênia, que absorve os nutrientes absorvidos por seu hospedeiro.
 
 
*Com informações da Agência Brasil

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