Cambista termina Copa com camisas piratas encalhadas

Ex-vereador que vendeu ao iG ingresso exclusivo da CBF, reclamava da queda na venda neste sábado, em frente ao hotel da seleção

O ex-vereador de Murici-AL, que atuou como cambista na África do Sul e vendeu ingressos exclusivos da CBF para o jogo entre Brasil e Portugal, em Durban, para a reportagem do iG, terminou a Copa do Mundo com camisas piratas da seleção encalhadas, na frente do hotel onde o time de Dunga se hospedou em Port Elizabeth.
Fernando Teixeira atuou na câmara do município do estado de Alagoas entre 2005 e 2008, pelo PTB, e revelou ao iG ter fonte oficial para obter as entradas que vinham com a inscrição “Confederação Brasileira de Futebol” e só poderiam ser compradas por funcionários da entidade e integrantes da delegação.

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Na frente do Protea Marine Hotel, neste sábado, Fernando reclamava por não ter conseguido vender as mais cem camisas piratas que disse ter trazido para a África do Sul. “Trouxe mais de cem camisas para trocar aqui na África do Sul, mas depois da derrota não consigo mais. Ninguém quer a do Brasil”, contou o alagoano. "Não são oficiais, mas parecem”.
O bilhete interceptado pelo iG foi colocado à disposição da Fifa e da polícia sul-africana, sem ser utilizado. Seu código de barras é 012000000365001264, emitido em 30/04/2010 às 16h31, para entrada Sul, portão X, terceiro andar, bloco 133, fila 16, assento 19 do Durban Stadium, onde Brasil e Portugal empataram em 0 a 0, no último jogo da fase de grupos.
A Fifa, após contato por e-mail, solicitou a gravação feita pelo iG, mas até o momento a entidade não se posicionou, tampouco a CBF, sobre quem seria o comprador do bilhete na Confederação Brasileira de Futebol. A compra foi feita na Mandela Square, praça do principal shopping de Joanesburgo, que leva o mesmo nome. O bilhete, na ocasião, foi comprado por US$ 500, mas tinha preço de face de US$ 160.

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