Consolidação do Bric ainda é questão de tempo

Adriano Machado/15.04.2010/AFP 
Foto por Adriano Machado/15.04.2010/AFP
Dmitri Medvedev, Lula, Hu Jintao e Manmohan Singh (à partir da esq.),
líderes dos países do Bric, durante o encontro em Brasília

O ministro das Relações Exteriores Celso Amorim se mostrou frustrado com a cobertura da imprensa à reunião dos países emergentes do Ibas/Bric em Brasília, apesar dos mais de 500 jornalistas credenciados para o evento. Do outro lado, profissionais da mídia reclamaram da falta de grandes notícias do encontro. Mas para alguns especialistas, o encontro não foi além e nem ficou aquém do esperado. A consolidação de um grupo como o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) é uma questão de tempo.
Para o diplomata Rubens Barbosa, conhecido pela postura critica ante os rumos da diplomacia brasileira no governo Luiz Inácio Lula da Silva, o encontro foi positivo:
- Não existiu uma decisão dramática, não há um acordo entre os quatro países sobre o Irã, mas só o fato de o grupo se reunir foi positivo. As decisões [nesse tipo de encontro] não geram resultado imediato. Ainda se trabalha na tentativa de encontrar uma agenda comum.
Barbosa lembrou que "a agenda do G20 [sobre a reforma do sistema financeiro mundial], a discussão em torno da adoção de moeda local no comercial bilateral dos países" são alguns dos interesses comuns das potências emergentes.
A opinião é parecida a do economista Pedro da Silva Barros, professor de Relações Internacionais da PUC-SP e pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).Mais...

Maurício Moraes, do R7 em Brasília

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