Defesa de Arruda pede e Supremo adia julgamento de habeas-corpus

A pedido da defesa do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM, sem partido), o ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), adiou o julgamento do habeas-corpus que definirá se o governador permanecerá preso ou será libertado. O julgamento estava marcado para esta quinta-feira, às 14h. Até agora, não há nova data marcada.

O adiamento foi concedido porque a defesa juntou novos argumentos em favor da liberdade de Arruda ao pedido de habeas-corpus depois que teve acesso às notas taquigráficas da sessão do Superior Tribunal de Justiça que decretou a prisão do governador. Com o aditamento, o ministro mandará o processo novamente à Procuradoria-Geral da República (PGR), que fará um novo parecer sobre o caso.
O prazo para a PGR entregar seu parecer é de dois dias. Assim, há a possibilidade de o julgamento ocorrer na quinta-feira da semana que vem, dia 4 de março.

Arruda está preso desde o último dia 11 em uma sala na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A prisão do governador — e seu conseqüente afastamento da direção do Distrito Federal — foi decretada pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por doze votos a dois. No dia 12 de fevereiro, o ministro Marco Aurélio negou pedido de liminar feito pela defesa e manteve Arruda preso para garantir a ordem pública e para que ele não atrapalhe as investigações do inquérito da Caixa de Pandora.
Arruda e mais cinco pessoas tiveram a prisão determinada sob a acusação de atrapalhar as investigações sobre o esquema de corrupção na cúpula dos poderes Executivo e Legislativo do DF. A acusação de atrapalhar as investigações tem base na tentativa de suborno feita por emissários do governador ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Edson Sombra.
Além do governador, tiveram a prisão decretada: Rodrigo Arantes, sobrinho de Arruda e seu secretário particular; Antonio Bento da Silva, servidor aposentado a Companhia Energética de Brasília (CEB); Wellington Morais, ex-secretario de comunicação do governo; Haroaldo Brasil, amigo íntimo de Arruda e ex-diretor da CEB; e Geraldo Naves, ex-deputado distrital.
Os cinco são acusados de intermediar ou participar da tentativa de suborno. Segundo as investigações, eles ofereceram dinheiro a Sombra para que ele desse uma declaração atacando a autenticidade dos vídeos gravados por Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais e pivô do escândalo do DF.
Os vídeos, nos quais empresários, deputados, secretários e o próprio governador aparecem pegando dinheiro supostamente de propina.
fonte: iG

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