O projeto de autoria do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) tramita na Câmara desde 2003. No texto do decreto o autor defendeu a criação do novo estado por que ali localizava-se a ex-comarca do Rio São Francisco, em meados do século XIX. Ele alegou ainda abandono da região pela Bahia, como argumento para realização do plebiscito. Durante a sessão o deputado Roberto Magalhães (Democratas-PE) contra argumentou: "Historicamente quem foi aviltado pela distribuição geopolítica desta região, foi Pernambuco. Foram os pernambucanos que perderam o território da ex-comarca do São Francisco. E hoje, o mérito desta questão é inadmissível. Não há valor histórico suficiente e o interesse é meramente econômico", defendeu Roberto Magalhães.
O líder da Minoria, deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA) apoiou os Democratas e também orientou o bloco a votar contra a proposta. Ele lembrou que a criação de novos estados não pode ser incentivada de forma aventureira. "Nós criamos recentemente uma Frente Parlamentar contra a criação de novos estados e tivemos a assinatura de mais de 243 parlamentares. Desmembrar um território de um Estado não deve ser feito de acordo com interesses políticos e econômicos sem um estudo detalhado e profundo da questão. Nesse aspecto não há motivo para que a Bahia seja dividida", explicou Coutinho.
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