GUERRA GLOBAL CONTRA A AIDS PERDE FÔLEGO

A Crise financeira internacional foi a justificativa para que os doadores de medicamentos e de auxílio médico para os portadores do vírus HIV na África deixassem de lado espírito bondoso. Isso após uma década promissora, em que medicamentos que custavam US$ 12 mil por ano caíram a menos de US$ 100, e o mundo estava disposto a pagar. Uganda é o primeiro país a rejeitar novos pacientes, mas não será o último. No vizinho Quênia, verbas para tratar 200 mil pessoas vão expirar em breve. Um programa americano em Moçambique foi orientado a parar de inaugurar clínicas. Já houve escassez de medicamentos na Nigéria e na Suazilândia. Com a crescente sensação de que mais vidas seriam salvas com o combate a doenças mais baratas, os doadores preferem mudar o destino das verbas. Enquanto o número de contaminados pela Aids cresce 1 milhão por ano, o dinheiro para o tratamento parou de aumentar. O que é mais devastador: a prevenção falhou. A cada 100 pessoas colocadas em tratamento, 250 outras são contaminadas, segundo a ONU. Uganda é um microcosmo disso: 500 mil precisam de tratamento, 200 mil o estão recebendo, mas a cada ano outros 110 mil são contaminados. Informações do New York Times.

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