Forte terremoto deixa mais de 300 mortos no Chile

O forte terremoto que atingiu o centro-sul do Chile neste sábado deixou mais de 300 mortos, segundo o Escritório Nacional de Emergência do país. Por enquanto, não há informação de que brasileiros tenham morrido no tremor, o maior do país dos últimos 50 anos

  • AP
    Chilenos passam por prédio destruído em Concepción
    Chilenos passam por prédio destruído em Concepción
    Segundo a presidente do Chile, Michelle Bachelet, o terremoto afetou ao menos 2 milhões de pessoas. "Ainda não é possível conhecer completamente a magnitude desta catástrofe", disse ela. "Teremos à frente uma árdua tarefa tanto para enfrentar a emergência como para a reconstrução".
    O tremor de 8.8. graus de magnitude provocou um tsunami no Oceano Pacífico, o que deixou países asiáticos, a América do Sul e o Havaí em alerta.
    No Chile, o tsunami deixou cinco mortos e 11 desaparecidos na ilha de Robinson Crusoé e outros três mortos no arquipélago de Juan Fernández.
    O Havaí foi atingido pelo tsunami no início da noite de sábado (horário de Brasília), mas as ondas chegaram a uma altura máxima de um metro, menos que o esperado pelas autoridades (2,4 m). Por volta das 21h15, o alerta para o Havaí foi cancelado.
    Neste momento, o alerta de tsunami está em vigora para apenas dois países: Japão e Rússia. A agência de meteorologia japonesa emitiu um alerta para ondas de três metros na costa norte e alertou moradores para se refugiarem em terrenos elevados.
    Na Rússia, o alerta de tsunami levou à evacuação dos habitantes do litoral da península de Kamtchatka e das Ilhas Sakhalinas, onde são esperadas ondas de até dois metros.
    Destruição
    O terremoto teve seu epicentro a 35km de profundidade, na região de Bio Bio, a cerca de 320km ao sul de Santiago. Na capital chilena, o tremor arrancou varandas de edifícios, derrubou pontes, deixou fábricas em chamas e moradores desabrigados e sem eletricidade e sistema telefônico. Além disso, pelo menos três hospitais desabaram.
    Em Concepción, cerca de 400 quilômetros ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais. Fendas se abriram nas ruas da cidade, uma das mais atingidas pelo terremoto. "Há uma enorme quantidade de danos que não sabemos a exata dimensão", afirmou a presidente do Chile, Michelet Bachelet.

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