Banco do Brasil elevará crédito em até 23% neste ano

O Banco do Brasil prevê um crescimento para a carteira de crédito neste ano entre 18% e 23%. Tomando como base o recorde emprestado em 2009, de R$ 320 bilhões, o banco pode fechar 2010 com saldo de até R$ 393 bilhões. Os dados do ano passado levam em conta R$ 41 bilhões provenientes das compras do Banco Nossa Caixa e de 50% do Banco Votorantim e mostram aumento de 35,2% em 12 meses.

O crédito para pessoas físicas atingiu a marca de R$ 91,8 bilhões no ano passado, com aumento de 88% sobre 2008, representando 30% de toda a carteira de crédito do BB. Para 2010, o guidance divulgado pela instituição ao mercado aponta aumento de 27% a 32%, fazendo com que a carteira encerre o ano em até R$ 121 bilhões.
Na carteira de pessoas físicas, o crédito consignado atingiu R$ 36,5 bilhões, com um salto de 107,2% em um ano. O financiamento de veículos mais que dobrou, chegando a R$ 20,7 bilhões.  
Nas linhas de financiamento para empresas, o banco emprestou R$ 125,3 bilhões, com alta de 12% sobre o ano anterior. Somente o crédito para capital de giro subiu 31,2%, para R$ 59,3 bilhões. As estimativas do banco do Brasil para este ano são de elevar os financiamentos corporativos em percentuais entre 16% e 21%.
“No ano passado, implementamos uma estratégia de destravamento do crédito, com redução de taxas”, disse o presidente do banco, Aldemir Bendine. “Essa estratégia se mostrou acertada, já que crescemos em crédito mais que todo o sistema financeiro”, afirmou. Segundo informações do BB, o Sistema Financeiro Nacional emprestou 14,9% mais em 2208, pelo conceito da resolução 2.682 do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Segundo o presidente do BB, a estratégia “agressiva” de crescimento no crédito será mantida para este ano, principalmente nas linhas destinadas a investimentos. “Não acreditamos, no entanto, numa expansão tão forte como a do ano passado, porque a concorrência está mais agressiva também”, afirma Bendine. 
O crédito imobiliário é outra área de aposta do Banco do Brasil. A instituição começou a atuar no segmento em 2008 e no ano passado atingiu R$ 1,5 bilhão em financiamentos, já contando com R$ 854 milhões provenientes do banco Nossa Caixa. “O banco vai fazer um forte investimento em crédito imobiliário. Acreditamos em um ‘boom’ no setor, porque o Brasil está em um bom momento em relação ao emprego e à renda, e há um déficit de 8 milhões de moradias no País”, diz Bendine.
Paulo Caffarelli, vice-presidente do BB, lembra que a instituição também atua no financiamento à construção. “Temos cerca de 2 mil construtoras parceiras, que repassam o financiamento. Além disso, temos foco específico no programa ‘Minha Casa, Minha Visa’, do governo federal.”

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