Nos últimos sete anos, o programa “Domingão do Faustão” perdeu cerca de 26% de seu ibope, ou um em cada quatro telespectadores.
O surgimento de novas mídias e atrações, bem como a tendência de as classes B, C e D rumarem à diversão fora de casa podem ser alguns motivos que fizeram um programa popular como o de Fausto Silva cair de 24,5 pontos de média no ano de 2002, para 18,1 pontos em 2009. Os dados são do Painel Nacional de Televisão (PNT).
Na medição da Grande São Paulo, segundo dados obtidos com exclusividade, o programa dominical da Globo também teve queda semelhante: de 23,2% em 2002 para 17,2% no ano passado (-25,8% de ibope).
O volume de TV’s ligadas que sintonizam o “Domingão” também caiu pela medição do share, que é a % de TV’s ligadas que estão sintonizadas no programa: 44,3% das TV’s ligadas no início da noite domingo, em 2002, estavam exibindo Faustão. Sete anos depois, são 35,0%, uma queda de 21%.
Ainda uma potência…
A despeito da queda registrada em números, o “Domingão do Faustão” ainda é o programa campeão de faturamento da Globo, e é extremamente atraente aos anunciantes. O apresentador também é conhecido por não se limitar apenas a segurar o microfone, mas também de se reunir e receber anunciantes, e fechar negócios pessoalmente e até em casa.
Daí Faustão ter o justo título de profissional de TV mais bem pago do Brasil (cerca de R$ 5,6 milhões por mês). Este ano, tal renda deverá ganhar mais fôlego ainda, já que Fausto deve ser o mestre de cerimônia dos sorteios tradicionais organizados por imobiliárias e montadoras durante a Copa.
No ranking de credibilidade entre 27 personalidades selecionadas pelo Datafolha, em 14 e 16 de dezembro passados, Fausto Silva ficou com 16ª posição, à frente de gente com Paulo Coelho, Xuxa, Dilma Rousseff, Marina Silva e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
…em transição
Embora tenha feito algumas mudanças em seu staff e no modelo dos quadros do programa, Fausto Silva tem mantido a base do formatão do “Domingão” desde o princípio. A aposta é no uso exagerado do elenco da própria emissora, fazendo esse elenco interagir em quadros como o “Dança no Gelo”, com “Famosos”, provas etc.
Também não muda a opção das velhas e batidas homenagens aos medalhões da casa, fechando com pegadinhas, antes de entregar ao “Fantástico”.
Embora boa parte desse formato seja obra da própria equipe global, a queda de ibope aponta que o modelo possa estar rumo ao esgotamento.
Quem é Legal
“Dalva e Herivelto”
Uma das mais deliciosas minisséries de todos os tempos, muitíssimo bem cuidada e interpretada. Fabio Assunção em um dos melhores momentos de sua carreira e mesmo Adriana Esteves esteve bem acima da média de suas atuações. A série foi, evidentemente, mais bem apreciada por quem gosta do melhor da história e da música brasileira.
Quem Irrita
Apedrejadores de Boris Casoy
Foi de cortar o coração ouvir as horríveis palavras de Casoy no Natal, contra dois humildes e inocentes garis. Ao deixar vazar desrespeito e desprezo por aqueles pobres trabalhadores, ingênuos, simpáticos, o apresentador maculou sua biografia. Ele provavelmente sabe disso, e também sabe que nenhuma desculpas apagará a ação. No entanto, a reação às palavras de Casoy na internet foram, de longe, a coisa mais assustadora neste episódio.
Se é certo que muita gente que admirava Casoy se sentiu genuinamente ofendida ou entristecida por suas palavras (e este colunista é um deles), por outro lado ficou claro que havia latente uma quantidade assustadora de fascistas, de obtusos, de hipócritas que usaram sou e usam o episódio para julgar e condenar o apresentador ao banimento da sociedade.
Em fóruns e sistemas de comentários , pessoas estão apedrejando Casoy com palavras bem mais torpes e violentas do que as que ele proferiu contra os humildes garis. Há gente exigindo sua demissão por justa causa, atacando sua vida inteira, sua história, ignorando seus serviços prestados… isso sem falar dos desqualificados e sem caráter que partem para ataques movidos por ódio racista ou de preconceito e que, se pudessem, certamente colocariam o jornalista num paredão. Essa é a história mais triste do Natal.
Por: Ricardo Feltrin
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