Desde janeiro não há novidades na televisão

O longo período de férias na televisão brasileira começa a ser questionado pelos próprios executivos do mercado, por artistas e produtores. Será que vale a pena ficar tanto tempo afastado do vídeo? Atrações como “CQC”, “Pânico na TV” e toda a linha de shows da Globo tiram os primeiros meses do ano para o descanso de imagem ou reprises dos melhores momentos. A estratégia é muito semelhante à adotada nos Estados Unidos onde séries, realitys e humorísticos são exibidos em temporadas e saem do vídeo nas férias de verão e nos feriados de fim de ano. Será que isso funciona no Brasil?
É claro que todas as equipes merecem suas férias, mas o telespectador acaba refém de uma ausência de boas produções.
Veja o que acontece na Globo desde janeiro. Depois de “Dalva e Herivelto” o horário nobre é ocupado por “Big Brother Brasil” e nenhuma outra novidade apareceu no vídeo. Aliás, na Globo, a nova programação só chegará em abril e muitas atrações serão apenas reformadas. A Record também deu uma freada nesse início do ano. “A Fazenda” acabou substituída por uma série e com o fim de “Poder Paralelo” entrou no ar a minissérie “A História de Ester”. As grandes promessas (Legendários e João Dória Jr) ainda vão esperar um pouco mais. Em março, o SBT mexeu em sua grade e colocou no ar dois novos programas e uma novela, mas com pouco impacto. Rede TV e Band discretamente começam a apresentar a programação de 2010.
O fato é que desde janeiro a televisão passa a sensação de que nada acontece, de uma mesmice que contamina a grade de domingo a domingo, 24 horas por dia. Está mais do que na hora de rever esta estratégia e oferecer algo melhor ao telespectador porque muitos programas correm o risco de perder o ritmo após um período de muito distanciamento da tela.
Por: José Armando Vannucci

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