É provável que, além das muitas dívidas da Prefeitura, o orçamento deste ano esteja todo gasto. A incapacidade e um sentimento de poder absoluto, onde tudo se podia fazer, levaram ao desastre. Desafiou a Lei, a comunidade, tentou se esconder atrás do Governador e envolveu uma Câmara de Vereadores, de incapazes ou coniventes, em sua maioria.
Há meses este Jornal alertava para o perigo do excessivo endividamento da Prefeitura. Mas neste País quem tem um punhado de votos vira super ser, inatingível, acima do bem e do mal. A Promotoria Pública demorou muito a manifestar-se, assim como o Judiciário, que já tinha devolvido ao poder a Rainha Baixinha. Os esforços para a correção do erro histórico dos eleitores, veio somente do Dr. Eustáquio Boaventura, que em duas ocasiões teve a coragem de condenar a infratora.
E agora? Quem tem desprendimento e capacidade para assumir a terra arrasada no que se transformou a maior prefeitura do oeste baiano, com um orçamento de R$ 150 milhões. Muitos acreditam que somente nos meios empresariais se encontraria alguém com capacidade, para recuperar a massa falida da Prefeitura e infundir confiança nos credores e funcionários.
Mas antes disso tem a gestão tampão, que provavelmente terá um vereador jusmariano. Provavelmente a Presidente da Câmara, em campanha para a deputança estadual, não trocaria a possibilidade de eleger-se, por 3 meses de problemas. A escassez de políticos de qualidade aparece agora como um grande problema para a comunidade. Não será fácil a recuperação da municipalidade. Mas talvez a lição tenha valido para alguma coisa. O eleitor deslumbrado, iludido, sofrerá na pele o que representa a irresponsabilidade ao votar. Repete-se sempre que o voto é importante. Entretanto, somente na desgraça é que se educa rapidamente grande parte do povo menos pensante.
informações do Jornal São Francisco
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