Na corrida da pré-campanha eleitoral, os presidenciáveis já começam a dar o primeiro sinal de cansaço: o da garganta. Em meio a uma agenda intensa de entrevistas, discursos e viagens, os candidatos à presidência da República buscam um tempo para fazer exercícios vocais e se cercam de cuidados para preservar a fala, instrumento fundamental na disputa. A ex-ministra Dilma Rousseff aproveita os intervalos entre compromissos - seja no carro ou no avião - para fazer exercícios vocais recomendados por seu fonoaudiólogo. A preocupação com a voz surgiu no ano passado, quando, em decorrência da quimioterapia a que se submeteu para tratar um câncer no sistema linfático, teve efeitos colaterais de ressecamento na garganta e na boca. Desde então, passou a ser acompanhada por um especialista e utiliza spray de hidratação e soro fisiológico constantemente. Apesar de não ter problemas tão sérios quanto os de Dilma, José Serra (PSDB) também está preocupado com a "maratona vocal". Recentemente, ele chegou a interromper um discurso e uma entrevista para tomar água. Entre um deslocamento e outro para cumprir os compromissos da agenda, faz exercícios até no carro. “Campanha não é andar pelo Brasil, é falar pelo Brasil”, resume o tucano, que, para se manter eloquente, faz uso de um “pó japonês” que seu acunpunturista teria recomendado e mel.
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